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Sou o levante dos alunos, impedidos de estudar, por intervenção do poder constituído. Agora convoco a todos para batalha por uma educação pública de qualidade, que é um direito constitucional, mas que na prática nem sempre se aplica. Estudantes lembrem-se, vocês tem o direito à educação, e se seus direitos não forem cumpridos, levantem-se e vão à luta. "Portanto, vamos nos organizar, para podermos desorganizar, aqueles que tentam nos prejudicar!!!" "ACORDE, LEVANTE E LUTE" (Edson Gomes)

domingo, 29 de maio de 2011

NOTA DE REPÚDIO à Adusb, governistas e corporativistas.

Os estudantes mobilizados do Campus de Vitória da Conquista da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, reunidos em assembleia, vem à público formalizar e manifestarforte repúdio a mais uma atitude antidemocrática da Adusb¹ e de um grupo de professores carregados por uma mentalidade corporativista e hegemonizados ideologicamente pelo grupo ligado ao PT, PCdoB e coligados.

Em assembleia docente realizada no dia 13/05/2011, em Jequié, foi vetado o direito de fala aos estudantes presentes, enfraquecendo um debate mais enriquecedor e essencial no que toca aos problemas das Universidades Estaduais. Daí, os estudantes, em um gesto simbólico, se amordaçaram para caracterizar aquele espaço que se mostrou antisolidário a não permitir e concretizar os objetivos iniciais a que se propôs. Os mestres e doutores então, desrespeitaram os seus próprios alunos e puseram em dúvida suas condições de verdadeiros educadores. Os estudantes, por sua vez, sempre permitiram o direito a voz para todos que quisessem se manifestar em suas assembleias.

Não foi a primeira vez que essa atitude foi tomada. O mesmo aconteceu na assembleia anterior do sindicato, que ocorreu em Vitória da Conquista no dia 02/05/2011. Apesar disso, é necessário dizer que há um pequeno grupo de professores combativos que, em ambas as assembleias, lançaram o seu protesto por esses atos tão vergonhosos e permanecem na luta ao lado dos estudantes.

Tal postura por parte desse grupo de professores cria um espaço de debate totalmente improdutivo e antidemocrático em um momento de greve das universidades estaduais da Bahia. Esse acontecimento vem para desmascarar a unificação do movimento, que se usou do oportunismo político para ter apoio das diferentes categorias, e que em outras horas virou as costas para o movimento de luta contra os órgãos opressores e autoritários do Estado.

A restrição da fala dos estudantes e a postura com declarações duras por parte desse grupo oportunista diante de nossa presença, promoveu um ambiente de total repressão. Mas os retalhamentos não pararam por aí. Este grupo também se demonstrou contra o movimento ao tentar deslegitimar a Assembleia Universitária (AU), já aprovada anteriormente na própria assembleia docente, votando deliberações opostas as da AU. Votações essas que ocorreram em bloco, sem nenhuma discussão política séria, já acordadas antes da assembleia. Chega a ser espantosa a falta de criticidade desses professores com a atual conjuntura da educação pública na Bahia, e o descaso com a possibilidade de discussão desse tema, que é tão polêmico em um momento de greve de todas as UEBA’s.

Como se não bastasse, diante da insistência, o Fórum das AD’s² então apresentou a proposta da Adusb de uma minuta de alteração do referido decreto 12583/11, com a inclusão de um novo parágrafo, modificando o seu conteúdo original e excluindo a sua vigência sobre as Universidades. A tentativa de poupar o ensino superior do corte de verbas é uma atitude totalmente desmoralizadora do movimento, que dizia lutar pela educação pública. Na conjuntura atual, os professores municipais de Vitória da Conquista também entraram em greve, enquanto a Adusb, juntamente aos pelegos do PT, tentam fazer um acordo com o governo, negociando a situação apenas das universidades e virando as costas a situação precária da educação básica e demais serviços públicos.

Por estas e outras razões, o grupo de estudantes que, até agora se mantém mobilizados e articulados, vem através dessa nota reafirmar sua posição contrária ao sectarismo dentro do movimento. É realmente frustrante perceber que a grande maioria dos professores não está disposta a encampar uma luta dentro da universidade, mesmo quando as atitudes autoritárias do Estado pisam em seus calos, comprometendo a viabilidade do ensino, pesquisa e extensão, ou até quando cortam seus salários, comprometendo suas condições de vida. O que podemos esperar da intelectualidade acadêmica no que diz respeito à uma crítica radical da sociedade como um todo? Permanecerão acríticos aos grandes desafios e fardos de nosso tempo?



Assembleia Estudantil 
Vitória da Conquista, 24 de Maio de 2011

2 comentários:

  1. Prezados,

    No último dia 22/06, ao sair da reunião do DCHL, fui participar da reunião da ADUSB a qual também estava presente o estudante Guilhermino, representante do Movimento Estudantil da UESB/Jequié. Na oportunidade dessa reunião, questionado pelo Presidente do sindicato docente sobre as decisões do Movimento Estudantil de Vitória da Conquista, que não sinaliza para as mesmas coisas que foram decididas pelo Movimento Estudantil UESB/Jequié - enquanto o ME/UESB/VC indica a postergação da data do CONSEPE para o dia 29/06, tendo em vista assegurar uma maior participação discente nessa reunião, o ME/UESB/Jequié, sinaliza para uma greve por tempo indeterminado - pareceu-me clara que se configurará uma anomalia política na instituição, que certamente será explorada pelos críticos negativistas do recente movimento paredista. O que ocorre é o seguinte: na UESB não existe DCE, assim, os DA´s ou CA´s de cada Campus são autônomos para decidir que caminho será tomado na greve estudantil. Em termos práticos, isso implica dizer que se os estudantes da UESB/VC decidirem encerrar a greve, não há nenhuma obrigatoriedade do ME/UESB/Jequié, acompanhar tal decisão. Objetivamente, inclusive, o fato é que, enquanto o ME/UESB/VC já "avança" dentro de uma compreensão que no dia 29/06 deve ser discutido o calendário acadêmico, aqui em Jequié, tal movimento decidiu-se pela não discussão do calendário, até porque a deliberação da plenária docente foi pela greve por tempo indeterminado. A implicação dessa divergência no ME/UESB é que ATENDENDO AS DELIBERAÇÕES EXCLUSIVAMENTE TOMADAS PELO ME/UESB/VC, OS DEPARTAMENTOS DA UESB/VC DISCUTEM UM CALENDÁRIO QUE A REITORIA CHAMA DE PÓS-GREVE (ANEXO). A minha reflexão é a seguinte: e se o calendário sugerido pela Reitoria para os Departamentos de Vitória da Conquista for aprovado, como ficaremos nós de Jequié e Itapetinga? Seremos obrigados a seguir um calendário somente aprovado dos nossos 3 campi? Acho que precisamos nos posicionar seriamente contra a decisão arbitrária de discutir calendário acadêmico com uma categoria em greve. Na minha opinião também, faz-se necessário travar entendimentos com o ME/VC, tendo em vista chamar atenção sobre o esdrúxulo da decisão de não formar consenso sobre esse ponto.

    POR FAVOR, GOSTARIA DE OBTER DE VOCÊS UMA RESPOSTA. MEU E-MAIL É taniatorreao@gmail.com

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